No processo de compra do seu novo imóvel, uma parte importante e muitas vezes decisiva para a conclusão do negócio é entender como financiar um imóvel.
Segundo dados do G1, em 2020 o Brasil bateu recorde de financiamentos imobiliários. E, a previsão é para que o número seja ainda maior neste ano de 2021.
Com taxas de juros abaixo de 10% ao ano. E, um aumento, por parte dos brasileiros, na procura por imóveis com maior conforto e espaço para trabalhar de casa, os financiamentos no Brasil cresceram, só no primeiro semestre de 2021, 113% em relação ao primeiro trimestre de 2020.
Mas, o que exatamente é e como financiar meu imóvel?
O financiamento nada mais é do que um empréstimo feito pelo banco ou uma construtora, para que você possa comprar a casa própria em parcelas que sejam viáveis ao seu bolso.
O banco paga o imóvel desejado para o vendedor e o comprador passa a ter que acertar o valor do imóvel diretamente com o banco, com taxas de juros, é claro.
Durante o período do financiamento o imóvel já fica ligado ao comprador, porém não pode ser negociado novamente até que a divida feita com o banco seja totalmente quitada.
A vantagem de financiar é que o imóvel passa a ser seu logo após a compra, pois o banco paga a vista. E, normalmente as instituições permitem que você parcele o total em várias prestações, sem afetar seu muito o orçamento mensal.
E agora, por onde começar?
O primeiro passo é entender quanto você pode investir e escolher um imóvel que, mesmo financiado, caiba dentro seu orçamento. O recomendado é que as parcelas do financiamento não utilizem mais que 30% da sua renda mensal.
Depois disso, é importante pesquisar os tipos de financiamento que cada banco oferece. Os mais utilizados são por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
As taxas de juros para quem utiliza o financiamento por meio do FGTS normalmente são mais baixas. Mas, esse tipo de financiamento imobiliário só pode ser utilizado por pessoas que tenham comprovação de determinada renda familiar.
Já o feito por meio do SBPE não possui limite de renda para aprovação. Apesar disso, tem mais variação nas taxas cobradas.
Outro ponto importante é entender a taxa de juros, as condições de pagamento e principalmente quanto do imóvel pode ser financiado.
Como em qualquer tipo de compra parcelada, você precisa oferecer ao banco uma entrada. Nesse caso, ela deve ser de, pelo menos, 20% do valor do imóvel para que seu crédito seja aprovado.
Vale lembrar que quanto maior for a entrada que você oferecer ao banco menor serão as parcelas e mais rápido você poderá quitar a divida e aproveitar despreocupado sua casa própria.
Mas, não se preocupe, muitos sites te ajudam a simular o financiamento oferecido pelos principais bancos. Assim, você consegue entender qual a melhor escolha para você antes mesmo de entrar em contato com a instituição e se programar para a compra.
Para um investimento tão importante vale apostar em um trabalho maior de pesquisa, né?
Com essa fase concluída, o próximo passo é só ir até uma agência para começar o processo de liberação do dinheiro para a compra.
Como financiar um imóvel por uma construtora?
O financiamento feito por meio de construtoras é um pouco diferente daqueles disponibilizados pelos bancos.
Eles possuem maior flexibilidade de negociação e a construtora não cobra juros sobre o imóvel financiado durante a construção. Porém, com o imóvel pronto, geralmente é cobrada uma taxa de 12% ao ano (ou 1% ao mês) em cima do financiamento.
Além disso, as construtoras financiam, no máximo, 70% do valor total do imóvel. Então, é interessante avaliar bem o valor que você consegue dar de entrada na hora de pensar nesse tipo financiamento.
Outro fator relevante é o prazo de pagamento. Geralmente as construtoras dão prazos de 60 ou 96 meses para quitação do pagamento. Já nos bancos o prazo pode ser de até 360 meses.
Além disso, o FGTS também pode ser utilizado para pagar as parcelas do seu financiamento por meio das corretoras. Diferente do que acontece nos bancos, porém, não é possível usar parte do FGTS para dar de entrada nesse tipo de financiamento, apenas quitar as parcelas restantes.
O investimento por meio das construtoras é uma opção mais viável para quem quer construir a casa própria. A vantagem é não ter que pagar juros durante a construção e, caso necessário, sempre é possível transferir seu financiamento para um banco depois que a construção estiver finalizada.
Quais documentos eu preciso apresentar?
Assim como condições para financiar um imóvel, cada banco possui uma lista própria de documentos necessários. Mas, no geral é sempre bom deixar em mãos os seguintes documentos:
- RG
- CPF
- Comprovante de renda
- Comprovante de estado civil
- Contrato de prestação de serviço ou declaração do Imposto de renda (para autônomos)
- Certidão atualizada do Registro de matricula do imóvel
E, vale lembrar que, como se trata de um empréstimo feito pelo banco, as condições de financiamento só são aceitas se a pessoa estiver com todas as dividas quitadas e o imóvel com todos os pagamentos em dia.
Certifique-se também de levar documentos que comprovem esses dois fatores, como a Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União. Que certifica que você não possui débitos com o governo e está em dia com sua declaração do imposto de renda.
Essa Certidão pode ser emitida rapidamente em uma unidade de atendimento da Receita Federal, ou o processo pode ser feito todo pelo site. A emissão é gratuita e você vai precisar apenas de um documento de identidade para emiti-la.
Com isso resolvido é só aguardar a aprovação do crédito pelo banco e iniciar o investimento.
E ai, prontos para começar a financiar seu imóvel dos sonhos?